Moura
Moura é uma cidade raiana portuguesa, sede de concelho, do distrito de Beja, no Alentejo, que contava em 2011 com 8419 habitantes na cidade e com 15167 habitantes no concelho.
Arucci, Nova Civitas Aruccitana, Al-Manijah ou Lacant terão sido algumas das anteriores designações da cidade de Moura.
A ocupação do ponto mais elevado da cidade, onde se encontra o castelo de Moura, remonta, pelo menos, à Idade do Ferro. Existem vestígios da fortificação do período Islâmico e do período Cristão, testemunhos das intensas disputas pelo controlo do território. O domínio cristão efetivou-se em 1232 e, a partir de 1295, Moura é definitivamente conquistada. É com D. Dinis que Moura tem a sua primeira Carta de Foral (1295) e Carta de Feira (1302); posteriormente, em 1512, D. Manuel concede o Foral Novo; nesse mesmo século recebe, por D. João III, o título de Notável Vila de Moura.
A importância geoestratégica de Moura, no período da Reconquista e em épocas posteriores, é inequívoca tendo em conta o facto de ter sido aqui que se construiu o primeiro Convento da Ordem dos Carmelitas de Portugal, e de toda a Península Ibérica: o Convento do Carmo.
A proximidade com a fronteira espanhola obrigava a um controlo apertado do território em redor do castelo, daí a necessidade de se construírem torres de vigia ou atalaias.
A existência de duas nascentes de água permanente no interior do castelo, que ainda hoje abastecem duas fontes (Três Bicas e Santa Comba), permitiu que surgissem, na transição do século XIX para o século XX, uma unidade termal (Termas) e a Fábrica da “Água Castello”, unidade fabril que se manteve no espaço do castelo até ao final da década de 30.
Moura foi elevada a cidade a 1 de fevereiro de 1988.