Moura

Moura é uma cidade raiana portuguesa do distrito de Beja, no Alentejo.

Moura é sede do concelho de Moura e é limitada a nordeste pelo município de Mourão, a leste por Barrancos, a leste e sul por Espanha, a sudoeste por Serpa, a oeste por Vidigueira e a noroeste por Portel e por Reguengos de Monsaraz, ocupando uma área de 957,73 km².

A cidade de Moura contava em 2011 com 8419 habitantes e o concelho com 15 167 habitantes.

Durante a ocupação romana da Península Ibérica chamar-se-ia Arucci ou Nova Civitas Aruccitana. As invasões muçulmanas renomearam-na para Al-Manijah. A designação atual de Moura surge ligada à Lenda da Moura Salúquia. Novos dados, recentemente descobertos na cidade de Moura, vieram relançar a problemática do antigo nome do sítio.

O castelo de Moura, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944, está implantado no ponto mais elevado da atual cidade e a sua ocupação remonta, pelo menos, à Idade do Ferro. Existem vestígios da fortificação do período Islâmico e do período Cristão, testemunhos das intensas disputas pelo controlo do território. O domínio cristão efetivou-se em 1232 e, a partir de 1295, Moura é definitivamente conquistada. É com D. Dinis que Moura tem a sua primeira Carta de Foral (1295) e Carta de Feira (1302) e, posteriormente, D. Manuel concede o Foral Novo em 1512; nesse mesmo século recebe, por D. João III, o título de Notável Vila de Moura.

A importância geoestratégica de Moura, no período da Reconquista e em épocas posteriores, é inequívoca tendo em conta o facto de ter sido aqui que se construiu o primeiro Convento da Ordem dos Carmelitas em Portugal, e em toda a Península Ibérica: o Convento do Carmo encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944; e pela construção da Igreja Matriz de São João Batista, a mando de D. Manuel no início do século XVI, que está classificada como Monumento Nacional desde 1932.

A proximidade com a fronteira espanhola obrigava a um controlo apertado do território em redor do castelo, daí a necessidade de se construírem torres de vigia ou atalaias. Em Moura estão inventariadas seis; a Atalaia Magra está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1986.

A existência de duas nascentes de água permanente no interior do castelo, que ainda hoje abastecem duas fontes (Três Bicas e Santa Comba), permitiu que surgissem, na transição do século XIX para o século XX, uma unidade termal (Termas) e a Fábrica da “Água Castello”, unidade fabril que se mantém no espaço do castelo até ao final da década de 30.

Moura foi elevada a cidade a 1 de fevereiro de 1988.