A Câmara Municipal de Moura, conjuntamente com os Municípios de Barrancos, Mértola e Serpa, solicitou uma audiência, com carácter de urgência, ao Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
Na base deste pedido está o facto do Centro de Meios Aéreos de Moura ter perdido o único meio aéreo de ataque inicial de combate a incêndios rurais, devido às orientações emanadas na Diretiva Nacional n.º2 – DECIR 2020.
Álvaro Azedo, Presidente da Câmara Municipal de Moura, considera que nos últimos anos a presença deste meio aéreo tem contribuído para a preservação da floresta e da paisagem agrícola dos municípios de Moura, Barrancos, Mértola e Serpa. O autarca considera que a região fica completamente desprotegida com a decisão tomada.
Numa missiva enviada ao Gabinete do Ministro da Administração Interna, os Presidentes dos quatro municípios lamentam ainda a ausência de diálogo no decorrer deste processo, que levou a uma tomada de decisão, que consideram, errada.
Recorde-se que nos últimos três anos a Câmara Municipal de Moura realizou, em articulação com o CDOS e a EDIA, um conjunto de benfeitorias nas instalações do Centro de Meios Aéreos de Moura. A decisão de retirar o meio aéreo contrasta, assim, com o empenho, compromisso e determinação dos autarcas no apoio à estrutura sediada junto à Barragem de Alqueva.
O ataque inicial aos incêndios é crucial, sobretudo numa região vasta onde as distâncias entre Corpos de Bombeiros são elevadas, em média 30 km, o que compromete o ataque inicial aos incêndios, podendo contribuir para o agravamento dos cenários que os operacionais vão encontrar.
Os Autarcas de Moura, Barrancos, Mértola e Serpa aguardam agora por uma resposta do Ministro da Administração Interna, para que, em diálogo, se possa ultrapassar uma situação que representa enorme perigo para as populações e para o território.