As Câmaras Municipais de Moura, Mourão e Barrancos solicitaram ao Gabinete do Primeiro-Ministro, Ministro do Ambiente, Ministro da Agricultura e a todos os Grupos Parlamentares audiências com o intuito de ser apresentado o contributo formal destes três municípios no que toca à gestão sustentada da Zona de Proteção Especial Mourão/Moura/Barrancos. Importa referir que durante a produção do documento foram auscultados o ICNF, a DRAPAL, a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos e a Cooperativa Agrícola de Granja – Amareleja.
A referida ZPE bem como o Sítio Moura/Barrancos foram constituídos, respetivamente, pelo Decreto-Lei n.º 384-B/99, de 23 de Setembro e pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/2000, de 5 de julho. No seu conjunto, correspondem a uma área de 90.203 hectares nos municípios de Moura, Barrancos, Mourão e Serpa.
Os municípios abrangidos pelas áreas anteriormente referidas, numa ação concertada, pretendem que o Governo, tendo em conta o valor ambiental, cultural e económico deste espaço, tenha uma atenção particular, para com o mesmo. Este pedido surge uma vez que os municípios temem que a manter-se a atual situação de degradação ambiental, o modo de produção agrícola, a não monitorização dos bens patrimoniais e consequente despovoamento, se esteja a caminhar inevitavelmente para a irreversível perda de riqueza.
Os municípios de Moura, Mourão e Barrancos alertam assim para a necessária mudança de paradigma e disponibilizam-se para participar num modelo de gestão de proximidade que tenha em conta os eleitos locais e cumpra a missão de contribuir para o impulso da atividade agrícola nestes “sítios”, garantindo sustentabilidade económica e ambiental do território, interesses perfeitamente conciliáveis.