Desde muito cedo, o ser humano teve necessidade de deixar um registo de algo que pretendia transmitir, e fê-lo através do desenho, disso é exemplo as pinturas rupestres. Essas representações evoluíram durante milhares de anos para sequências de imagens que narram uma história, podendo incluir ou não texto, a banda desenhada.
Considerada a nona arte de entre as artes plásticas, a “História aos quadradinhos” como também é designada surgiu em Portugal sob a forma de pequenos livros, como o álbum de 1872, da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro. Nele o autor retratava as aventuras do Imperador Rasilb pela Europa.
E é de aventuras, de fantasia, de figuras extraordinárias que vive a banda desenhada, provocando o deleite de todas as idades.
Ficção e realidade. Imaginação e matéria. História e histórias. A aliança entre todos estes conceitos foi o ponto de partida para a concepção desta exposição. Nela podemos visualizar Banda Desenhada de autores tão diversos como: Augusto Trigo, José Ruy ou Uderzo.
Na banda desenhada figuram objectos, utensílios, elementos que na linha do tempo da História podem estar mais ou menos perto do nosso quotidiano, e que evidenciamos nesta exposição.
A importância da BD para a compreensão da História, e até enquanto recurso educativo expressa-se pela desconstrução do formalismo inerente aos objectos históricos, enquanto os utiliza muitas vezes nas histórias que conta. Desta forma divertida aproximamos o leitor de BD, de peças do espólio do Museu Municipal de Moura e de particulares, pelo que convidamos o visitante a fazer o exercício de identificar nas pranchas de BD que vê, as peças de museu que estão expostas.